17 de outubro de 2011

Tudo depende do modo em que se Vê em que se Sente.

Sei que no fundo daquela nota triste existe um belo som. Também sinto o perfume nas mãos daqueles que cuidam bem das rosas. E basta fechar os olhos, parar perceber toda a presença do suave perfume. No calor do sol que ao nascer traz vida, na noite que acalma o coração impedido de acordar. Na fé que alimenta o sonho e faz dele realidade, Deus me trouxe a calma, o equilíbrio que já não experimentava quando as dores falaram mais alto que as resistências, e dês de então abandonei tudo aquilo que não me motivava a viver, subi em uma árvore que na minha infância não sonharia em subir, eu alcancei o apagador da luz, e já não era necessário o banco para não cair ao escovar os dentes, experimentei escolher a própria roupa, a limpar o próprio corpo e hoje não só meu tamanho modificou, mas o meu interior acordou, e avistou do alto. Eu pude experimentar olhar de baixo tudo o que não alcançava. Pude perceber que como o corpo modificado sobreviveu, também necessitava de ir além dos sentimentos, e que estava na hora de avistar as coisas do alto, reconhecer os riscos e alimentar o que o destino me propõe como desafio de crescimento, e não deixar o tempo somente passar, mas ao olhar pra traz e agradecer a Deus por ter experimentado viver cada dor que hoje lapidou meu caráter, e que não deixou de frutificar por conta do efeito de existir. Viver e não só existir, sentir e não só falar, da mesma maneira que ouvir não é só escutar. Tudo depende do modo em que se Vê em que se Sente.


Autoria José Roberto França Oliveira.



Segunda dia 17, de outibro de 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário