19 de maio de 2011

Ao olhar Pirenópolis hoje


Ao olhar Pirenópolis hoje, e ao lembrar-se dela há 12 anos, não é muito difícil de se notar ameaça a tão rica cultura, nossos casarões estão desmoronando, nossa matriz, com toque de modernidade findou em relatos de um fogo nunca explicado, não tem altares de madeira, nossos anjos não estão no seu destaque. Ora, nossas igrejas não têm mais missas, e é preciso disponibilizar cadeiras, a católicos que vão pra igreja. Por falta de espaço. Embora ainda tenha preocupação de continuar a cultura que sempre vivi, a exemplo disso, sair de mascarado, a como manda a tradição, de aprender com os que já fazem parte do coral nossa Senhora do Rosário, as casões em latim, tenho grande e dolorosa reflexão, de como era Pirenópolis a 12 anos atrás. Onde ainda pequeno emocionava com a beleza da matriz... E arrepiava aos fogos que marcavam o inicio da novena do divino. A banda tocava e eu ali pequeno já aprendia um pouco do que canto hoje... A Semana Santa, vivenciada tão belamente por santos esculpidos em madeira, e regionais de Pirenópolis também me tocavam muito, eu já era sensibilizado pelo triste olhar de Nossa Senhora das Dores. E o silencio que se fazia a questão do verdadeiro respeito pelo canto da Verônica não se ouvia ruídos, só sentia o cheiro da Mangerona, que marcavam o momento. Tanto adorava os cânticos e relatos que ocorriam naturalmente, dados de tanta beleza as ruas de Pirenópolis. Para que isso ocorresse em seu perfeito equilíbrio era preciso que turistas e moradores retirassem seus carros das ruas, que ocupavam a trajetória das procissões e encenações da semana Santa. O senhor Morto e Nossa Senhora das dores tiveram que ser espremidos, a verônica, se, pois do lado de um automóvel a cantar. O público desviou dor carros para poder conduzir o cortejo... Que por falta de atitude, nosso patrimônio se vai, o novo com grandes buracos, e os antigos sem o seu devido cuidado. Ora lembro que para á “REDE GLOBO” gravar, não tinha carros nas ruas. E já a procissão teve que desviar. O poder local competente, não estão valorizando riquezas pessoais. E só deixam a desejar, de uma cultura tão milenar, que é forçada a adaptar, com a modernidade de seus freqüentadores. Acorde Pirenópolis, olhem mais pra dentro de si. Valorizem o que agente realmente é. Olhe para nossa senhora, nas marcas de um incêndio, e lembre-se dela ao altar que lhe cabia. Leve esse olhar pra dentro de você. Acorde autoridade, Pirenópolis esta falecendo lentamente, e esta na hora de agir...




José Roberto França Oliveira

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